terça-feira, 14 de maio de 2013

PILATES NA GESTAÇÃO


Fazer Pilates durante a gestação é tudo de bom! Me ajudou muito durante toda a gestação da Luana... Vi esse artigo sobre o Pilates na gestação achei bem legal e estou compartilhando com vocês! beijos.....

Gravidez - Pilates para dois.

Praticar exercícios físicos durante a gestação pode ser uma excelente maneira de manter a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê. No pilates, modalidade de baixo risco, o corpo e a mente ficam em harmonia, e a atividade, além de prazerosa, diminui os incômodos e a ansiedade, comuns na gravidez.
Não existe nenhum outro período da vida adulta no qual ocorram mudanças fisiológicas tão significativas quanto as que ocorrem na gravidez. Nos primeiros três meses, alteram-se significativamente os hormônios da mulher, o que causa mal-estar, vertigem, náusea e azia, dificultando o bom desempenho da atividade física.
A disposição da gestante melhora a partir da 13ª semana, quando os níveis hormonais se estabilizam. A barriga proeminente muda o centro de gravidade do corpo e, consequentemente, o controle, o equilíbrio e a força são afetados. O responsável por essa instabilidade na região lombar e da pélvis é o hormônio relaxina, que, em níveis mais altos, pode deixar os músculos vulneráveis a lesões. É nessa fase que a prática do pilates fica mais agradável, mas é importante ter cuidado ao executar os exercícios, pois os alongamentos intensos e os movimentos bruscos podem causar lesões.
Já no terceiro trimestre, há um significativo aumento do metabolismo, e o ganho de peso do bebê provoca maior sobrecarga à coluna e às extremidades do corpo da mulher. É o momento de desacelerar, de evitar os movimentos bruscos, as grandes amplitudes de movimento e os exercícios exaustivos.
Mas nada de achar que gravidez é doença! De acordo com o ACOG (American College of Obstetricians and Gynecologists), é recomendável que as mulheres grávidas pratiquem pelo menos 30 minutos de exercício moderado diariamente. Essa frequência pode minimizar significativamente o mal-estar provocado por náusea e fadiga e evitar os edemas, as cãibras e a constipação.
Isso não se aplica, porém, às mulheres sedentárias ou que correm risco de aborto espontâneo. Para essas, o melhor é esperar o término do primeiro trimestre da gestação para iniciar a atividade física.
É importante interromper o exercício rapidamente caso haja alguma dor ou desconforto (principalmente na região abdominopélvica), tontura, forte cãibra, dor no peito, cólica, sangramento ou queda da pressão.
É proibido realizar exercícios invertidos, com carga pesada para os músculos internos da coxa, deitar de barriga para baixo, pular e exercitar-se em ambientes quentes.
Benefícios até na hora do parto
Os movimentos dinâmicos e diversificados do pilates contribuem, em particular, para o aumento do equilíbrio e da flexibilidade e promovem uma melhora nos suportes abdominal e pélvico.
A prática constante relaxa os músculos tensos, reestimula os fracos, provê suporte para o bebê, melhora a respiração, ajuda a readquirir uma postura apropriada e também estimula a eficiência do assoalho pélvico, região entre as pernas que ajuda a sustentar a bexiga, o útero e o intestino, e a controlar os músculos necessários na hora do parto.
Outras alternativas indicadas para as gestantes são: ioga, hidroginástica, caminhada e natação. Vale ressaltar que complementar o pilates com atividades cardiovasculares, como caminhar e nadar, ajuda a manter a saúde e o peso em dia.
Os benefícios que o pilates pode proporcionar às mulheres grávidas são muitos. A prática regular aprimora os movimentos, melhora o controle e a percepção do corpo e aumenta a disposição e melhora o desempenho nas atividades diárias.
Os exercícios respiratórios, além de ajudar na consciência corporal, auxiliam na diminuição da tensão, do desconforto e da ansiedade e, consequentemente, aumentam a sensação de prazer e de bem-estar.
Durante a aula, é importante que a gestante esteja atenta ao seu corpo na busca de identificar as mudanças, perceber os sinais e seus limites. A aula é um momento especial de concentração para estar em contato com seu próprio corpo e estreitar a relação com o bebê.
Marla Lopes

sexta-feira, 12 de abril de 2013

EU AMO PILATES!

Pois é.... no fim não movimentei em nada o blog no meu periodo de "resguardo".... provavelmente por ter sido um periodo bem curto... afinal... Luana tinha apenas 20 dias quando retornei as atividades... E com 1 mês ela já passava o dia entre as aulas... bolas.... molas.... e os alunos entre mamadeiras... fraldas.... choro.... 
Mas agora que está com quase 9 meses... passa o dia na creche... a mamãe aqui está conseguindo se organizar melhor entre os cuidados com a pequena....e o trabalho... e quero de verdade movimentar mais esse blog, iniciar novos projetos....
Pra começar... um texto que uma aluna me enviou e adorei.... espero que curtam também!
Beijinhosss....


Martha Medeiros - Jornal Zero Hora - 10/04/13

Reconciliando-se com o próprio corpo
Pratico exercícios desde sempre. Já dancei jazz, nadei, joguei vôlei, fiz aeróbica, musculação, mas nada disso me tornou uma amante da vida esportiva. O que me levava a essa movimentação intensa era a consciência de que manter uma atividade física enrijece o corpo e oxigena a mente, então eu ia em frente sem pensar em prazer. Era uma necessidade, e pronto.

Aos poucos, fui largando tudo e mantive apenas as caminhadas, essas, sim, não apenas saudáveis, como prazerosas. Poderia passar o dia caminhando, não tivesse que reservar um tempo para exercícios cerebrais, como trabalhar e fazer palavras cruzadas.
Parecia tudo bem, até que uma médica me disse: caminhar é bom, mas não basta. Está na hora de você suar o top. E me recomendou pilates.
Modismo, chatice, tédio. Todas essas ideias me passaram pela cabeça, mas sou obediente, acato ordens, e me matriculei num pequeno estúdio a poucos passos da minha casa, conduzido por um casal de instrutores. Fui cair na mão dos melhores, posso apostar. Em três sessões, já percebia mudanças no meu corpo, na minha postura.
Quanto ao tédio, bom, não há tédio na dor. Às vezes, me sinto como se estivesse treinando para me apresentar no Cirque du Soleil. Recebo ordens inimagináveis: grude o umbigo nas costas, encolha as costelas, encoste o queixo no peito. Já houve caso de instruírem um rapaz a contrair o útero! Dá vontade de rir, mas não convém, temos que nos concentrar na respiração. Juro, com tudo isso, ainda pedem que a gente respire.
 
Então, de volta aos exercícios sem prazer?
Pois aí está a novidade: o prazer é de outra ordem. O pilates faz a gente mudar a maneira de pensar o corpo, o que deve ser a razão do seu sucesso mundo afora. Ao decidir praticar um exercício, muitas vezes ficamos condicionados aos benefícios externos de se estar em forma: a saúde é uma boa desculpa, mas a vaidade é que nos faz pagar a mensalidade da academia. Pois o pilates supera essa visão miúda, adicionando à prática uma reflexão que vai muito além do desejo de ser admirado.

Quando somos adolescentes, sentimos nosso corpo como parte indissolúvel do nosso ser. Porém, com o passar do tempo, acaba acontecendo uma dissociação – à revelia, nosso corpo começa a nos abandonar, a nos deixar na mão. A pele vai se soltando, os órgãos internos armam rebeliões, as articulações gritam, rangem – não me peça para explicar, mas nosso corpo ganha vida própria, se emancipa e não nos escuta mais.
O pilates é, antes de tudo, uma reconciliação com esse corpo que se tornou rebelde e fugidio. Ele sempre esteve a nosso serviço, mas pouco estivemos a serviço dele. Pois o pilates, feito um cupido, faz com que nós e nosso corpo passemos a nos conhecer mais profundamente e a descobrir o que nem sabíamos um do outro, mesmo com tantos anos de convívio.
Basicamente, pilates é o resgate do amor entre você e o que você traz dentro. Mesmo que seja um útero que você nem tem.
Jornal Zero Hora - 10 abril 2013